DIA 1
31 de Agosto de 2009
Hoje parti para o Algarve, com direito a tudo quanto pode ter uma viagem tão grande pelo nosso país (os americanos são capazes de se rir desta), incluindo uma road-trip de 300km em que nem faltaram as típicas discussões entre casais ao volante com a minha mãe e o meu pai:
- Mas tu queres levar a carta presa outra vez?!
- Porquê? Não posso ir a 160?
- Não!
-Então a quanto posso ir?
-A 120! Quanto muito a 140 que eles fazem tolerância, mas passando isso não!
-Então mas tu foste para Sevilha a quanto?
-A 120, 140. Depois da fronteira ia a 80!
-Então, mas isso quer dizer que não posso ir a 160?
Depois, no rádio ouve-se: “Veja as fotos de Jorge Gabriel na praia depois de ter feito uma lipo-aspiração. Na Lux”. Quando paramos na estação de serviço fui comprar a BLIZ, e a malandra da minha mãe, com o apoio incondicional da minha rica prima, comprou a LUX.
-Vanessa, dá-me uma pastilha.
-Não!
-Porquê?
-Porque compras-te a Lux!
Quando fomos almoçar, fizemos um piquenique e fomos atacados por grupo de vespas sedentas de sangue… ok, não estavas sedentas de sangue, mas eram muito chatas.
Depois levei com um pedregulho na cabeça. Não, não fui para Albufeira, e graça a Deus, não era um pedregulho a sério, mas sim um pedregulho psicológico que me achatou o cérebro quando chegue ao Hotel e vi que não tinha trazido o BI. Mas felizmente disseram que como ia com os meus pais, deixava-se passar.
Ora, o resto, o resto foi normal, praia e assim.
DIA 2
1 de Setembro de 2009
“Molotóf”, é uma das coisas mais imprevisíveis que existe. Quem diria que era possível criar a coisa leve a branca que chamamos claras em castelo a partir daquela parte transparente do ovo? E quem diria que isso misturado com açúcar, podia criar aquela coisa doce que conheço poucas pessoas que não gostam. Depois por fora pode levar caramelo, chocolate…, enfim, consoante o gosto do pasteleiro.
Também as pessoa são assim, todas iguais na base, diferentes na cobertura. Só não sabemos por alma de que pasteleiro.
A melancolia do dia faz uma pessoa pensar nestas coisas.
DIA 3
2 de Setembro de 2009
Os meus tios vivem numa terrinha pequena, que basicamente é um aglomerado de casas em redor de uma estrada muito movimentada. Mas apesar disso, há lá um hospital veterinário que trata melhor os animais do que muitas clínicas privadas tratam as pessoas. Isto calhou a conversa, eu contei um caso que conhecia com um cãozinho atacado, um “pincher”. Enquanto contava, estes adultos, que já de si não têm muito juízo e ainda por cima estão de férias, começaram a ter uma conversa paralela, que eu não percebi, em que davam um sentido obsceno ao nome do animal. Só depois de algum tempo é que os meus neurónios chegaram lá…
DIA 4
4 de Setembro de 2009
Ontem, não escrevi, porque o jantar demorou horas por termos ficado montes de tempo à espera. Mas também não havia muito que dizer.
DIA 5
4 de Setembro de 2009
Fomos jantar a um restaurante, e ficamos numa esplanada em que a nossa mesa ficou mesmo quase encostada a outra onde já estavam pessoas. Nessa mesa estava um rapaz à ponta, e calhou, porque os nossos pais já tinham ocupado tudo, ficar eu e a minha prima mesmo ao lado. Eu fiquei ao lado, e ela ficou de frente. A minha tia que estava ao lado da minha prima, começou indiscretamente para nós: “Estão envergonhadas… Têm um rapazinho ali ao lado delas… Estão vermelhinhas…”. Enfim, um daqueles momentos que só nos apetece enfiar dentro de um buraco. A minha prima, ficou super envergonhada.
O Hotel tinha net, eu decidi postar tudo já.