sexta-feira, novembro 20, 2009

Epicurismo, Estoicismo, e Ricardo Reis

ou,


Rústica pelo Epicurismo


Fernando Pessoa era confuso, paradoxal… enfim, era lixado.


Eu gostava tanto que Ricardo Reis não tivesse sido só uma pessoa em Pessoa. É que se ele tivesse existido mesmo, podia ser uma lição de vida.

Recusar os sentimentos que possam causar desilusão... Basicamente, é a recusa de tudo o que é patético no ser humano, ou seja, tudo o que faz as pessoas pensarem a fazerem patetices.

Na minha ainda curta vida, só consegui encontrar uma forma de explicar o que se sente quando se está apaixonado. É igual a um suricata no deserto mesmo na mira de uma ogiva nuclear. Os outros todos são baratas, a quem nada lhes afecta (o raio dos bichos sobrevivem 3 dia sem cabeça). De repente, a bomba explode, e o resto é a história. O pobrezinho do suricata, sai sempre todo desfeito.

Ok, é uma explicação estúpida. Mas do que é que estavam à espera? De arco-íris com póneis a saltar?

“O estoicismo propõe viver de acordo com a lei racional da natureza e aconselha a indiferença (apathea) em relação a tudo que é externo ao ser. O homem sábio obedece à lei natural reconhecendo-se como uma peça na grande ordem e propósito do universo. (…) Sendo a razão aquilo por meio do que o homem torna-se livre e feliz, o homem sábio não apreende o seu verdadeiro bem nos objectos externos, mas bem usando estes objectos através de uma sabedoria pela qual não se deixa escravizar pelas paixões e pelas coisas externas."

Epicuro propunha uma vida de contínuo prazer como chave para a felicidade, esse era o objectivo de seus ensinamentos morais. Para Epicuro, a presença do prazer era sinónimo de ausência de dor, ou de qualquer tipo de aflição(...) A finalidade da filosofia de Epicuro não era teórica, mas sim bastante prática. Buscava sobretudo encontrar o sossego necessário para uma vida feliz e aprazível, na qual os temores perante o destino, os deuses ou a morte estavam definitivamente eliminados”

in Wikipédia

"Sem amores, nem ódio, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.”
Ricardo Reis, Odes, Ática

Nicas (Se bem que se calhar é mais Rústica pelo Estoicismo… Impressionante, as baratas sobrevivem 3 dia sem cabeça, mas não sobrevivem a uma pisadela bem dada… Coitadas das criaturas.)

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