A minha família tem tradições religiosas, tanto que os únicos feriados que se respeitam a sério são os dias santos. Eu acabei por sair uma coisa esquisita… e não gosto de ir à missa.
Não percebo a ideia de ir à missa.
As leituras das missa são feitas aos anos. Existe o ano A, B e C. O que significa que de 3 em 3 anos, andamos sempre a ouvir as mesmas coisas. A única coisa que muda, basicamente, é o sermão (que pode ser o mesmo se o padre for o mesmo, porque a leitura é mesma). De resto é tudo o mesmo, se partirmos do princípio que a igreja é a mesma. É tudo igual!
Não sei das outras pessoas, mas para mim, estar constantemente ouvir palavras como paraíso, inferno e vida eterna, deixa-me mal disposta. A missa foi feita para meter medo às pessoas. “Se não fizeres isto, vais para o Inferno!”
Não é mais fácil ensinar, como o Eça punha o Afonso da Maia a dizer, uma criança a ser bem educada pelos benéficos que isso lhe possa trazer em relação a ela e aos outros, do que ensinar-lhe a ser de certa forma porque se assim não for vai para o Inferno?
Pronto, não gosto de ir à missa… Vou para o Inferno…
(Michelangelo Buonarroti 1475 – 1564, The Last Judgement (detail 1), fresco — 1534-1541, Sistine Chapel, Vatican City)
Nicas (“Oh Vida! Que és efémera!”)