Hoje vou contar um história, porque me sinto inspirada, e porque me apetece imitar uma professora minha que está sempre a contar histórias.
Era vez uma rapariga chamada (ora deixa cá inventar um nome à pressa)…Juliana. Ela era nova, trabalhava numa pastelaria, e ia para o trabalho imagine-se, de camioneta. Embora sendo pasteleira, Juliana tinha o 12ºano.
Um dia, como todos os outros, porque isto a pastelarias que querem sobreviver à crise abrem todos os dias (mas claro que era um dia útil, porque ao fim-de-semana não há camionetas), foi trabalhar.
Quando chegou à paragem lembrou que se tinha esquecido do passe em casa. Ora, Juliana tinha sido boa a Matemática (tinha sempre 10, mas o stôr dizia que ela tinha um boa progressão na disciplina) e pensou que já que não usava matemática na sua vida prática, ou pelo menos não naquele sentido complicado com que se usa na aulas, que aquela era a altura ideal para usar um pouco de matemática.
Socorreu-se da sua calculadora gráfica, não consegue viver sem ela, (foi tão cara que era uma parvoíce não lhe dar uso, por isso passou 6 anos à espera da oportunidade para fazê-lo) e começou a pensar mentalmente nos dados que tinha. Começou por pensar em que localidade estaria a camioneta àquelas horas, na distância, e mais ou menos a velocidade da camioneta, que já que nas localidades o limite é 50 km/h, como o condutor é sempre o nabo do costume ele devia vir a 80 km/h.
Depois pensou na distância a sua casa, na velocidade com que corre, que é mais ou menos 10 km/h nos primeiros 2 segundos, e 2 km/h no resto do caminho, ir e vir, e mais o tempo de ir à procura do passe.
Ainda nem sequer tinha começado a fazer as primeiras contas, ouve um barulho ao fundo da rua. Era a camioneta.
Ora o que é que a Juliana ganhou com os seus conhecimentos matemáticos: Ganhou ter de pagar o bilhete… A vida é injusta.
Nicas