quinta-feira, setembro 06, 2012

Setembro

Setembro é o segundo ano novo. É uma altura de recomeço, de fazer planos, de mudar coisas.

Hoje comecei a ver uma série cujos episódios têm menos de 10 minutos, chama-se Dating Rules from My Future Selfe conta a história de uma rapariga que recebe mensagens dela própria do futuro a partir do telemóvel, e que no fundo se vai aconselhando a fazer determinadas escolhas. Quem não gostava de se ter a si mesmo do futuro a dizer "Não faças isso que vai dar mau resultado!" antes de tomar uma decisão? Se bem que a minha perspectiva da vida não é essa. Eu acredito que as coisas acontecem por um motivo. Não falo de destino nem de predestinação, mas sim do poder do Presente de acontecer conforme faça sentido.

Uma coisa parecida, mas igualmente gira, é escrever uma carta para o nosso "futuro eu". A escrevê-la, acho que começava a assim: "Então sua inútil!? Tinha uma data de planos para ti... Aposto que não concretizaste nenhum!". A vida é mesmo assim, sempre o contrário daquilo que queremos que seja, e para sermos felizes temos de nos adaptar e gostar dela exactamente assim, inconstante, imprevisível... e  muitas vezes desapontante, mas também com muitas coisas boas, que é importante que não sejam esquecidas.




Nicas

segunda-feira, setembro 03, 2012

Superstição, lógica e coincidência

Eu gosto tanto de supersticiosos como gosto de fundamentalistas - Muito pouco. Contudo, consigo encontrar razão nos argumentos de ambos.
Um supersticioso normalmente gosta de ver o que lhe reserva o horóscopo, coisa que eu às vezes faço, e devo confessar que às vezes faz algum sentido.
Algumas superstições fazem sentido. Por exemplo, não sacudir tapetes à noite - Se houver pouca luz não se consegue ver se há alguma coisa em cima do tapete, logo se o sacudir posso perder um brinco pela janela fora, eventualmente. Ou deixar a carteira no chão, que se perde dinheiro - Deixar a carteira no chão é desleixo. Se outra pessoa encontrar uma carteira no chão, mesmo que seja em casa, pode bisbilhota a sacar de uma moedita.
Mas eu fiquei apanhada por uma superstição digamos que muito pouco inteligente, que tem a ver com ver as horas e os minutos iguais. Estava-me sempre a acontecer e fiquei apanhada por aquilo porque depois há uns tontos que dizem que têm significados... creepy. 
Uma coisa é certa, a superstição só afecta quem acredita nela, porque depois fazemos o cérebro pensar demais nas coisas e associamos a superstição a coincidências que acontecem. É melhor acreditar em coincidências do que pensar demasiado.

Os nossos cérebros são máquinas de reconhecimento de padrões juntando os pedaços e dando sentido aos padrões que nós pensamos ver na natureza. Realmente A está ligado a B, e ás vezes não está , diz ele . Quando não está nos erramos ao pensar que está, mas na sua maior parte este processo não nos vai remover a carga genética, e o pensamento mágico vai ser sempre uma parte da condição humana.
in http://www.oqueeisso.blog.br/?p=1322

Nicas

sábado, agosto 18, 2012

O bailarico de Verão

Eu nunca fui bem aquilo que o popular chama de juventude ou "mocidão", que é basicamente aquela malta que faz poucas-vergonhas, e trata os mais velhos por "tu". Eu nem os meus pais trato por "tu", Deus me livre!
Mas a "mocidão" é interessante. Se por um lado acha tudo uma seca, não dispensa um bailarico de Verão, onde figuram a bater o pé ao som de Quim Barreiro, com o belo do telemóvel na mão a mandar "lol"s. Não prestam atenção é letra. Mas não fazia diferença porque há letras da Rihanna bem piores e mais explicitas.
Eu gosto dos bailaricos e presto atenção às letras porque gosto de me rir um bocadinho. Os meus pais sempre gostaram muito de ir a festinhas, e embora eu fosse sempre a primeira a querer ir embora, não era um sacrifício assim tão grande, a não ser pelo facto de eu ter má circulação nas pernas.
O meu bailarico preferido é o cá de terra, que de todos os que há é capaz de ser dos mais insignificantes e pequenos, mas lá está, dá-me um arrepio nostálgico. Os meus pais deixaram de ir lá tanto porque dizem que tem muita gente conhecida. Eu não conheço a maior parte das pessoas da minha terra, e só falo com a "mocidão" de cá nestas alturas.



Nicas

terça-feira, agosto 14, 2012

Dia 4

Esqueci-me! Foi o regresso a casa. Mas primeiro fomos a Albufeira, onde a praia estava horrível.

Nicas

quarta-feira, agosto 08, 2012

Dia 3

Hoje venho falar de um fenómeno fantástico que eu espero não ser a única pessoa que repara. Vou chamá-lo Fenómeno do Hotel. Este fenómeno consiste em despertar a semente da educação no típico saloio assim que se vê num hotel (e com muita sorte em residenciais, albergarias, e até hosteís). Claro está que se a semente não existir, como acontece em muitos indivíduos que acham que quem fala mais alto e pior ganha, o fenómeno não se verifica. Hoje consegui observar um sujeito, com uma pala a dizer "Portugal", uma T-shirt "Corona", uns calções com dragões e óculos escuros postos dentro de quatro parede, a caminhar educadamente pelo buffet, e a retirar com uma habilidade rara a delicada fatia de queijo da travessa recorrendo ao respectivo instrumento, crítica possível para uma Paula Bobone, se calhar, não faço ideia.

É coisa que me faz ganhar uma mínima esperança na Humanidade.

O dia ainda não acabou, mas foi normalíssimo outra vez. Como a final foi ontem, hoje não há halterofilismo ao jantar.

Nicas


Dia 2

O dia foi normalíssimo, mas à noite a coisa não correr bem. Erámos para ir a um Festival de Marisco, e como me deram a mim a função de confirmar na internet, chegámos a Faro (48km - 25 minutos daqui) e o festival já tinha acabado no domingo - Face palm. Resultado: Jantámos às dez horas, novamente a ver halterofilismo.

Nicas

segunda-feira, agosto 06, 2012

Dia 1

Três anos depois, lá partimos nós a caminho de Algarve novamente.

Ao contrário de 2009, ano marcado pelas artes marciais de sudoku da Manuela Ferreira Leite, este ano está a ser marcado pelos Jogos Olímpicos, e pelo meu quase ataque cardíaco ao saber que quem tinha ganho o medalha de ouro do ténis foi o Murray - a vingança foi finalmente servida. Hoje à hora de jantar estava tudo entusiasmado a ver halterofilismo. Até agora para não variar muito, que para isso temos o IVA e é sempre a subir, contamos com boas classificações mas nenhuma medalha.

Este ano não houve nem LUX nem lipoaspirações de apresentadores, mas havia a CARAS onde também houve cirurgia, mas como foi a Cinha Jardim, não conta.

Quanto à road-trip, fui o caminho todo a dormir. Fiquei espantada porque achava que nunca tinha chegado ao Algarve tão rápido. São coisas que se perdem quando só se dorme coisa de 5 horas.

A crise está bem presente. O hotel foi substituído pela albergaria, a gigantesca praia por uma praia pequenita que fica à sombra a partir de uma certa hora, e os nadadores-salvadores jovens deram lugar a senhores na casa dos 40.

São férias que perderam em qualidade de facto. Mas o espírito está todo cá.

Nicas

terça-feira, julho 31, 2012

Eu não sou daqui

Fala-se muito de crise económica, mas para mim o que há uma crise de valores. Hoje estava a ouvir uma música dos The Verve e lembrei-me da minha irmã mais velha. Na altura em que a minha irmã tinha a minha idade ninguém tinha telemóvel, mas toda a gente se encontrava, toda a gente convivia. Eu devia ter nascido uns anos antes.

Gostava de ter tido 20 anos nos anos '90. Talvez pelo mesmo motivo que toda a gente quer viver numa época anterior, como Woody Allen retrata no Midnight in Paris. A questão é que vivemos num época mesmo má comparada com há 20 atrás. Naquela altura a pessoas podiam pensar num Futuro. Eu não tenho noção de Futuro. A coisa mais parecida que tenho, é que em Setembro vou para o 3º ano de faculdade. E não querendo armar-me em vidente, a minha mãe não tarda vêm me gritar para ir almoçar.

A minha irmã mais velha ainda teve uma certeza que quando acabasse o curso de Enfermagem ia ter emprego. Isso hoje é ficção cientifica.

Ficção científica é ser bom ser-se reservado e boa pessoa. Quanto menos valores tiveres e mais egoísta e egocêntrico fores, melhor. A televisão bombardeia-te com isso, enche-te de complexos. Não é que estas coisas nunca tenham existido, mas agora parece que se multiplicou. Ah, mas mais importante: Não gosto de viver numa época em que vê Morangos com Açúcar, e as pessoas têm um péssimo gosto musical.

Nicas

sábado, julho 28, 2012

Summertime Sadness

Estou de férias à coisa de 3 semanas, mas a mim o Verão sabe-me sempre a ervilhas (sabe-me a verde). Passa-se mais tempo a pensar no que se vai fazer, do que a fazer mesmo alguma coisa. Casa, lar, é sempre aconchegante, mas altamente limitativo, porque a minha mãe queria que eu tivesse ido para a freira, mas daquelas que nunca - Nunca, deixam o convento.
Claro que tem dias. Às vezes farta-se de mim, e quer-me fora de casa. Mas 10 minutos é o suficiente para ficar preocupada.
Tenha eu 14, 15... 20 anos, a história é sempre a mesma. De maneira que, na minha curta vida não me lembro de ter ido um Verão digno de memória. Talvez os de infância, mas mesmo esses eram altamente limitativos. Tinham sempre de me levar às praias onde nenhum dos meus amigos ia. Mas não me queixo, até era melhores. Só tenho pena pelas consequências disso.
O Verão passado nem teria sido mau... A minha cabeça... A minha cabeça estragou tudo. Demasiadas expectativas estragam sempre tudo.
Mais vale não esperar nada, e ir jogar cartas com os meus primos para casa da minha avó. Ir à praia com os amigos nos bons dias de sol. E que o papado me deixe sair do convento à noite de vez em quando.



Nicas aka Comboio Rançoso

quarta-feira, junho 20, 2012

Injustiças? Não te venhas queixar e mim!

Hoje, uma amiga minha veio falar comigo indignada de tão injustiçada. Mas eu não posso dizer nada, porque nada se compara. Ora, não se venham queixar a mim. Eu tenho a avaliação toda ela final com 7 cadeiras, fazendo um total de 7 exames teóricos, e 2 práticos, que são na sua maior, tudo ou nada. Não se queixem, que não vou dou razão, e digo: C’est la vie, mon ami.

Hoje, também, vi um post no Face’trucas de um futuro candidato ao ensino superior, a queixar-se da incompetência das suas excelências do GAVE. Pamor’dedeus! Hás-de ter muitas saudades deles, quando chegares à Universidade e teres exames a descontar, “dúvidas?" desenrasca-te!”, nem um único exercício para poder consolidar conhecimentos, e teres exames a quase, ou mesmo, a tudo. Cala-te pá!

Vão queixar-se para outro lado. Quer dizer, eu queixo-me e digo: Pá! Tem que se fazer…”, esta gente queixar-se e diz: “Vou morrer! Injustiças!”

Por mim podiam ir todos mas é dar uma volta.

Nicas

domingo, maio 13, 2012

Almoços fantásticos

Um dia destes, a minha tia disse qualquer coisa engraçada, e quando me viu a rir à gargalhada, disse: “Já vai pôr isto no blog dela!” Por isso, hoje vou mesmo.

Hoje o meu tio bêbedo caiu de bicicleta (já tinha dito que tinha um). O pobrezito teve de ir para o Hospital, e essa parte não tem, obviamente, piada nenhuma. O que teve piada fui ver o lista de contactos do telemóvel dele, onde figuravam nomes de pessoas tão distintas como o “Homem Aranha” em pessoa. Agora a sério: Quem é o Homem Aranha?

Mesmo que me explicassem eu não sabia. Eu não conheço as pessoas da minha terra. A minha mãe diz que tem desgosto… Eu não.

A minha avó hoje começou a falar de uma senhora da terra que se pintava tanto que parecia “uma televisão a cores”. Mas a minha tia disse que ela era bonita, e que por isso não precisa de casado “com um mariconço daqueles”.

De facto, a minha família recorre a tanta adjectivação para descrever as pessoas. Até dá para estranhar como é que não dá logo para ver quem são as pessoas…

Nicas

quarta-feira, abril 25, 2012

25 de Abril, agora

Hoje, vivemos numa segunda ditadura, ditada pela crise, pela Troika, pelos mercados internacionais, e pelas agências de rating.

A liberdade de expressão hoje não significa nada, pois existe um abuso de opiniões parvas, que toda a gente tem sobre tudo, sem perceber nada.

Perdeu-se a noção de ideia, perdeu-se a noção de futuro.

Senhora e senhores, bem-vindos à ditadura da crise económica e social.

Nicas

quinta-feira, abril 05, 2012

Hoje deu-me para isto

 

Pijama Women Secret

A toilet perfeita para um dia fechada em casa.

Ah pois é Pipoca Mais Doce, eu também posso!

Nicas

quarta-feira, abril 04, 2012

Nirvana

Lithium

I'm so happy
'Cause today I've found my friends
They're in my head
I'm so ugly but that's okay,
'Cause so are you, we broke our mirrors
Sunday morning is everyday
For all I care and I'm not scared
Light my candles in a daze
'Cause I've found God

(…)

Ouvi esta música. Li atentamente esta letra. Por fim compreendi porque o Kurt Cobain foi (é) o ídolo de tanta gente. Infelizmente, morreu muito cedo.

Nicas

Tirei isto de um blog que sigo:

http://complexidadeecontradicao.blogspot.pt/

«Listen, if you really wanna do this with your life you have to believe you're necessary and you are. People wanna live like this in their cars and big fuckin' houses they can't even pay for, then you're necessary. The only reason that they all get to continue living like kings is cause we got our fingers on the scales in their favor. I take my hand off and then the whole world gets really fuckin' fair really fuckin' quickly and nobody actually wants that. They say they do but they don't. They want what we have to give them but they also wanna, you know, play innocent and pretend they have know idea where it came from. Well, thats more hypocrisy than I'm willing to swallow, so fuck em. Fuck normal people.»


Will Emerson (Paul Bettany), Margin Call (2012)

Nicas

O fora de jogo

“Não percebo uma regra de futebol. A não ser!… O fora de jogo.”

“Tentámos pôr cães, mas chegámos à conclusão que eles são como as mulheres: Não percebem muito bem a regra do fora de jogo.”

Gosto Disto – SIC

Parti-me a rir.

Eu sei o que é o fora de jogo e, modéstia à parte, sei explicá-lo mais ou menos bem.

O fora de jogo é a regra mais justa do futebol. É a regra que impossibilita que um avançado possa ficar sempre à frente da baliza e marque a qualquer altura. Tem que ter passado pelo menos por um defesa, antes de se isolar à frente da baliza. Se não existisse fora de jogo, o guarda-redes coitadinho tinha de gramar não só com mais frangos, mas perus, gansos e enfim, a capoeira toda.

Quando eu andava no básico, alguém teve a feliz ideia de organizar um campeonato de futebol feminino nos intervalos, e eu fiquei guarda-redes. Ora, eu até me safava. Mas diga-se de passagem que eu não tinha levado com tantas avestruzes se existisse regra de fora de jogo nos jogos não oficiais.

 

Nicas

domingo, abril 01, 2012

1 Milhão de prejuízo… É gente que não sabe estar

Há muita gente que não sabe estar. O português, por exemplo, raramente sabe estar, mas quando sabe, tem estilo. O 25 de Abril é um exemplo de como o português sabe revoltar-se sem se mexer muito. Mas o espanhol? Esquece, o espanhol não sabe estar.

Ah, y las medidas de austeridad: BOOM! Una pérdida de millones en Barcelona. Somos lo que? Portugués? ¡No!

Violência por Diversão. Mas é que não sabem mesmo estar…

http://sol.sapo.pt/inicio/Internacional/Interior.aspx?content_id=45531

Nicas

quinta-feira, março 29, 2012

Não há palavras…

…para descrever o quanto me irrita quando isto, figurativamente, se aplica mesmo bem às vezes.

Virgo

Quinta-feira, 29 de Março de 2012

Por Rick Levine

Although you could be the most competent candidate for employee of the month, you might not feel appreciated for what you do today. Your need for recognition may motivate you to overcompensate and work even harder. Unfortunately, you could miss the boat in romantic matters now. Don't waste your time on feeling guilty. Instead, focus on the love that is real and right in front of you.

Nicas

quarta-feira, março 21, 2012

Financial Riot!

Há uns tempo para cá, estava mesmo frustrada. A verdade é que os meus pais estão a ficar cada vez mais chatos no que toca ao dinheiro. Como o meu sistema reticular é um esponja autêntica, esse tem sido o tema de muitas das minhas conversas ultimamente. Eu dantes nem queria saber, nunca andava com dinheiro, nunca gastava dinheiro…

Então, após uma sessão de vácuo mental, seguido de uma vaga de pensamentos algo profundo: Who cares?

Para quê preocupar-me com o facto de não poder fazer compras todos os meses? Para quê preocupar-me com o facto de ver raparigas muito mais bem vestidas que eu? Eu nunca me tinha preocupado muito com isso até me virem com a conversa do dinheiro.

As pessoas podem ser felizes de muitas formas. Eu não me importo de tentar ser feliz como uma pessoa que não tem muito dinheiro. Nunca me faltou nada! Pronto, gostava que me oferecessem um carro. Mas sinto-me extremamente fútil quando peço, por isso, vou esperar… (Além disso, está provado que as pessoas engordam sempre no ano em que compram carro, o que é bastante evitável.)

Vou deixar de ir ao blog da Pipoca Mais Doce, de comprar a Vogue e assim, que são coisas escritas por mulheres bem sucedidas e/ou com maridos ricos.

Vou dar numa de hippie, ou rastafari… Naaaa. Mas vou falar menos de dinheiro. Quando for eu a ganhar para mim, logo se vê, mas por enquanto, como as coisas estão, vai ser como tiver de ser.

Nicas

sábado, março 17, 2012

A dinâmica do autocarro

Na minha terra os autocarros passam de hora em hora, e os únicos autocarros que conheço são aqueles que me levavam para a escola.

Mas no secundário deixou de haver um autocarro só para nós, e começámos a andar no mesmo que levava as pessoas para o trabalho. Ora lá, uma pessoa encontra dois lugares vazios, e como uma pessoa normal, senta-se no lugar ao pé da janela, e deixa o lugar mais de fora para outra pessoa se sentar. Aqui em Lisboa, as pessoas senta-se no lugar mais próximo do corredor, bloqueando a que outra pessoa se sente ao lado delas. Para uma pessoa se sentar tem que “Licença…Licença”.

Ora isto é extremamente rude e irritante.

A lógica podia ser: “Eu vou sair primeiro, logo sente-se do lado da janela”, mas as pessoas não sabem quando vão sair!

Quem diz autocarro, diz metro. É de uma rudeza…

Nicas

terça-feira, março 13, 2012

Uma boca fechada vale por 500

Se fizer as contas, é impressionante a quantidade de coisas que preferia nunca ter dito. São como fantasmas que me assombram. Desde fazer comentários injustos, a frases completamente disléxicas de um cérebro a precisar de vitaminas.

Por outro lado, eu pouca ou nenhuma importância dou quando alguém diz algo obviamente pouco sentido, ou sem sentido. Sai tão depressa como entrou. Provavelmente, é por isso que não é muito frequente as pessoas virem com considerações sobre aquela coisa que se disse naquele dia àquela hora.

O mais importante é a atitude. Se alguém diz alguma coisa com desprezo, é difícil esquecer, mas se mesma coisa for dita em tom de brincadeira, de uma maneira aberta e afável, é pouco provável lembrares-te no dia anterior.

A maior parte das coisas que me ficaram na cabeça ditas por outras pessoas, não me marcaram exactamente pelo conteúdo, nem pela atitude, mas pela pessoa em si.

Há tantas frases difíceis de tirar da cabeça…

Nicas

quarta-feira, março 07, 2012

É bruxaria!

Virgem

Fui ver o meu signo, mas só lá estava o da semana passada. Quando li: Bolas! Foi mesmo assim… É bruxaria!

Nicas

segunda-feira, março 05, 2012

Smell you later

Com tanta virose que anda para aí, acho que nunca tive o nariz tão apurado como ultimamente. Ando nostálgica, e os cheiros não ajudam.

Mais do que qualquer música, ou coisa que se observe, os cheiros são altamente activadores da memória. Há cheiros que são capazes de me transportar para memórias mesmo muito antigas.

Eu costumava achar que o meu maior activador de memórias, era a música “Street of Philadelphia” do Bruce Springsten, mas cheguei à conclusão de que não. Um dia, destes estava no autocarro a caminho de Lisboa, e um cheiro qualquer que entrou pelo autocarro quando a porta abriu, fez-me lembrar de quando construía casas com caixas de horta vazias nos tempo em que era pequena, e os meus pais levam-me para os terrenos com eles, e eu ficava lá a brincar (na altura em que ninguém me pedia que arranjasse alhos).

Sem exagero, fiquei o assim o dia todo… Amanhã já não vai ser assim porque já dei por mim a espirrar.

Eu costumo acreditar de que a melhor maneia de encarar uma fase má da vida, é olhando para todas as fases boas e más porque já passei. Claro que com 19 anos não há propriamente muitas fases para comparar com o quer que seja, mas a simples lembrança de como antes das chatices se era relativamente feliz, pode ser suficiente para acreditar que deixando as tristeza de agora para trás, podemos voltar a sê-lo. Faz sentido na minha cabeça.

Claro que esses cheiros que nos trazem boas memórias e nos deixam inconscientemente felizes não são coisas que acontecem todos os dias. Para mim, às vezes até funciona melhor uma musiquinha do Bob Marley.

Nicas

quinta-feira, março 01, 2012

Uma luz ao fundo

Já que estou numa de falar de luz, e de vivências de infância no verão, vou falar do ponto alto dos meus verões de criança. Ir para o Algarve.

O Algarve e a praia por si, não me diziam nada na altura, o que eu gostava mesmo era da viagem de carro.

Íamos sempre de madrugada, ainda não se via raio de sol, e eu ia ora deitada no banco de trás do carro, ora sentada a olhar para caminho. Não se via quase nada.

Há um episódio do How I Met Your Mother em que o Marshall conta que quando ia com a família de carro à noite na tempestade, e olhava para o caminho e não se via nada, não tinha medo porque o pai ia a conduzir, e ele sentia que era como se ele lhe mostrasse no caminho na escuridão. Era um pouco assim para mim também.

Estar no Algarve depois não tinham piada nenhuma. Era eu sozinha com os meus pais, e estava sempre calor a mais, e a água à tarde ficava turva.. Enfim, não tinha piada nenhuma.

Nicas

Out in the dark

Eu adoro viver em Lisboa. Tenho tantas memórias de criança passadas em cá. Costumava ser o meu refugio quando era pequena, quando os verões sabiam-me a ervilhas, e sabia que todos os meus colegas se divertiam, arranjavam namorados, e iam juntos à praia, enquanto que tinha de ficar em casa fechada. Todos os verões ligava para a minha irmã velha: “Olá! Posso ir contigo para Lisboa da próxima vez que vieres cá? Já tenho saudades de ir para aí.”. Lá ia eu.

A cidade sempre me fez sentir que se pode fazer parte de alguma coisa, porque há tanta coisa. E que nunca se é excluído, porque há tantas coisas onde se incluir. Tantas coisas para fazer. Tantos sítios diferentes. Tantas pessoas…

Mas o que sempre me fascinou foi a noite. As luzes dos candeeiros de rua, e as luzes dos carros no trânsito noturno. Ainda hoje me transmitem uma certa calma. Não sei bem explicar porquê, mas é como se me transmitisse a mensagem de que não importa o que aconteça, vai haver sempre uma luz na escuridão.

Lamechas… Eu sei… Mas é verdade. Acho que até já tweetei isso uma noite destas quando estava no parque das nações à noite na rua, à espera para jantar no aniversário de uma colega.

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Bye Bye Fevereiro

Não publiquei nada em Fevereiro. Agora vai faltar um mês na parteleira da tralha. Mas não tinha nada para escrever, por isso não faz mal.

Hello Março

Nicas

sábado, janeiro 14, 2012

Chocolate nos dentes

Mãe – Anda cá ver isto, depressa!
(Aranha enorme na parede, e a minha mãe ri-se satisfeita)
Eu – Oh mãe, tens chocolate nos dentes! (Riu-me satisfeita)
Mãe – Uma aranha deste tamanho, e tu olhas para os meus dentes?!

Nicas

sexta-feira, janeiro 06, 2012

Fim do Mundo em 2012... Naaaaa


É verdade que, para sermos genuínos, mentes abertos e pensadores, devemos ter as nossas próprias opiniões acerca das coisas. Mas topem-me isto...

Nicas
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