Eu adoro viver em Lisboa. Tenho tantas memórias de criança passadas em cá. Costumava ser o meu refugio quando era pequena, quando os verões sabiam-me a ervilhas, e sabia que todos os meus colegas se divertiam, arranjavam namorados, e iam juntos à praia, enquanto que tinha de ficar em casa fechada. Todos os verões ligava para a minha irmã velha: “Olá! Posso ir contigo para Lisboa da próxima vez que vieres cá? Já tenho saudades de ir para aí.”. Lá ia eu.
A cidade sempre me fez sentir que se pode fazer parte de alguma coisa, porque há tanta coisa. E que nunca se é excluído, porque há tantas coisas onde se incluir. Tantas coisas para fazer. Tantos sítios diferentes. Tantas pessoas…
Mas o que sempre me fascinou foi a noite. As luzes dos candeeiros de rua, e as luzes dos carros no trânsito noturno. Ainda hoje me transmitem uma certa calma. Não sei bem explicar porquê, mas é como se me transmitisse a mensagem de que não importa o que aconteça, vai haver sempre uma luz na escuridão.
Lamechas… Eu sei… Mas é verdade. Acho que até já tweetei isso uma noite destas quando estava no parque das nações à noite na rua, à espera para jantar no aniversário de uma colega.
Nicas