sexta-feira, maio 27, 2016

O Dia do Atletismo

Não sei porquê, mas no outro dia tive uma nostalgia do básico. Este blog está recheado de momentos engraçados desses tempo. Mas esses tempos não foram sempre bons. Tudo somado: bem, os miúdos são maus.

No entanto, um dos dias mais espectaculares do básico era o Dia do Atletismo. Todos os dias havia um dia em que as tuas do mesmo ano competiam umas contra as outras. No meu 8º ano, houve um problema. As provas iam ser realizadas à tarde, e no dia seguinte tínhamos um teste... Já não me lembro de que disciplina. Resultado: Algumas pessoas que tinham sido seleccionadas para uma determinada modalidade, desistiram de ir.

Havia sempre (pelo menos) 5 turmas por cada ano. A minha turma ficava sempre (SEMPRE!) em 3º. Tínhamos uma reputação a manter. Então, entendi que não precisava de estudar muito, e fiquei com um grupo de pessoas da turma que ficou a tentar dar vazão às modalidades todas. Fiquei com lançamento de dardo, e resistência. Como os nossos moços normalmente conseguiam alcançar o 1º ou 2º lugar, e as moças o 3º e 4º, no fim ficávamos em 3º. Eu arrecadei o 3º lugar nas duas modalidades, sem nenhum lançamento nulo nos dardos. 

Este foi um dos dias dos quais me recordo com mais carinho. A forma como nós ficamos ali juntos, a representar a turma e a apoiar-nos uns aos outros, ainda hoje me aquece o coração.

Nicas

sábado, maio 21, 2016

Light-givers and Light-suckers

No outro dia, apercebi-me que existem dois tipo de pessoas: 

Os light-givers que são pessoas que nos iluminam os dias. São pessoas com quem partilhamos as nossas coisas, enquanto elas partilham as suas, numa comunhão de conhecimento e informação quotidiana, intelectual, e corriqueira. Pessoas com quem depois de estarmos, sentimos o alívio da nossa solidão, e acalmia da nossa tristeza. Pessoas que nos ajudam a relativizar os nossos problemas, e nos ensinam novas perspectivas, e formas levar a vida.

Os light-suckers são o oposto. São pessoas para quem a vida deles é sempre muito mais fantástica do que a tua. Se não for, vai passar a ser. Como não te deixam falar muito, a uma certa altura, passa-se a acreditar que se é um grande ranhoso, pelo menos, comparado. São pessoas, que quando se está com elas, se sente um pouco mais sozinho, incompreendido. Como se, para se conseguir encaixar, tivesse de se deixar um pouco de si, para ser alguém um pouco diferente, e mais apagado. Pessoas que exigem um esforço, que é às vezes cansativo.

Concluí que gosto mais do light-givers...

Nicas

quinta-feira, maio 19, 2016

'A força nos impressiona, mas o que deixa uma marca indelével é a bondade.'
Nicas (Fonte...)

terça-feira, maio 17, 2016

Lifehacking Lisboa

ou

Aventuras em Lisboa com a avó

Se existem pessoas a quem devemos muito a nossa existência, é aos nossos avôs, e todos os outros avôs, e avôs... antes deles. Mas nunca nos queremos lembrar disso quando os nossos pais nos encomendam a tarefa de os levar à consulta para uma das mil e quinhentas maleitas que eles têm todos (ou a esmagadora maioria).

Hoje levei a minha avó a uma consulta de oftalmologia para diabéticos em Lisboa. Começou mal. Eixo Norte-Sul e Viaduto Duarte Pacheco engarrafados: éramos para lá estar às 8h30, só chegamos às 9h30. Depois não havia estacionamento. Às vezes penso: Bolas, até nestes lugares mal amanhados, a subir e a descer, na bela da calçada portuguesa, a EMEL põe parquímetros. A EMEL domina, e a gente verga. Mas como não havia estacionamento, estacionei no parque subterrâneo de um hotel (só depois vi que era cinco estrelas), por que: que se lixe, estamos atrasadas, a avó não anda muito, e ela é que paga.

Estávamos atrasadas, mas ficámos até ao meio-dia para sermos atendidas. Mesmo à portuguesa.

- A sua avó foi operada aos dois olhos? - pergunta a técnica.
- Não sei... - Ai bolas, que vergonha -  Avó, já foi operada? 
- Hã...? - pergunta ela. Ela é surda.
- JÁ FOI OPERADA AVÓ?
- Não... Não me lembro - responde ela toda baralhada.
- Não se LEMBRA? 
- Deixe estar, vou pôr aqui que sim - diz a técnica com desprezo.
- Eu não passo muito tempo com ela, sabe. Ela tem muitos filhos e muitos netos. Mas tenho quase a certeza que sim, ela até tem estado a pôr gotinhas...
- Isso não tem nada a ver. Gotinhas podem ser para muitas coisas... - diz ela com desprezo.
- Mas olhe que é de corticosteróide e antibiótico.
- Hum... Então pode ser, sim. 

- Mãe! A avó não se lembra que foi operada - digo eu por telefone à minha mãe.
- Então não foi?! Ao olho direito. Já só falta o esquerdo.

- Bom dia! Olhe, a minha avó não se lembra ter sido operada! - digo eu à médica.
- Ah! É bom sinal, é sinal que não ficou traumatizada! - responde a médica.

No fim, precisámos de comer qualquer coisa a jeito de almoço. Mas ela não anda grande coisa, e não havia pastelaria nenhuma ali perto. Quero lá saber, comemos uma sopa no hotel, por que a avô é que paga. Ah espera, se calhar não chega... Paciência, pago eu, ela também me levava à praia, e fazia batatas fritas de propósito para mim quando eu era pequena. Quero ir para casa rápido.

- Boa tarde! Servem uma sopinha para mim e para a minha avó?
- Sim sim! - responde o empregado, com um ar de pena risonha, a olhar para o nosso retrato de avó e neta, como se fossemos gente rude do campo. - A sopa do dia é creme de ervilhas com camarões salteados...
- Pode ser! 
- ... mas temos sempre sopa de legumes ou creme de marisco, se preferir.
- Não, pode ser a do dia mesmo. - Oh espera, eu não gosto de ervilhas! Pode ser que todas trituradas, e mexidas com coisas, saiba bem. Caraças, ainda vou pagar uma fortuna por uma sopa que não vou gostar de comer. Bem, agora já está. Paciência. - Estas situações fazem-me sempre tomar decisões parvas.

Enquanto comia a sopa, pensava: Fogo isto está mesmo bom... Uma vez, a minha irmã pagou quase 50€ por um frango num sítio sem jeito nenhum. Aqui nem quero imaginar quanto será uma sopa, aliás, duas... Não penses. Come. Oh coitadinha da avó: isto tem talheres a mais. No fim, o empregado até nos ofereceu dois mini pastéis de nata e tudo (eu que ela é diabética, mas não a deixar comê-lo, era cruel). Chega a conta final do almoço: 8,50€. Podia ser a brincar, mas com toda a seriedade, confesso que olhei para a conta à procura de onde estivesse escrito algures: desconto de idoso. 

De uma já nos tínhamos safado, agora faltava o parque, que era o que me preocupava mais. Uma vez, no parque da EMEL nos Restauradores, paguei quase 20€ por 3 horas à noite. Onde é que se paga? Não encontrei nenhuma daquelas caixas automáticas, então fui para a saída, e carreguei no botão das informações. Começou a fazer barulho como se fosse de uma chamada telefónica, mas ninguém falou. Logo a seguir, leio no écran: Abertura remota da cancela (ou algo parecido). Não... 

Toma lá EMEL!... *Mic drop*

Nicas

segunda-feira, maio 16, 2016

A cantiga do ressabiamento

Este é um dia difícil para os sportinguistas. É um dia em que pensamos: Porra! Porquê? Porque é que temos sempre de perder para aqueles gajos! Não é justo. Pessoalmente, dormi uma grande sesta durante os jogos. Tinha feito noite, e entrado numa cirurgia que só acabou às 4h da manhã, e às 8h, fui para a Corrida da Mulher. Tive um dia gigante. E eu já sabia que iam ambos ganhar, e que o Sporting ia ficar segundo... No fundo, isto é tudo culpa do Tondela.

Mas pronto, o ressabiamento toma sempre várias formas. Uma dessas formas é dizer que é parvoíce. Há coisas mais importantes que o futebol. Se aquela malta em vez de estar a vandalizar a estátua do Marquês estivesse a trabalhar, é que era! E é por causa destas coisas que o país está como está. E a culpa é dos benfiquistas, que irremediavelmente são a maioria da população portuguesa. Os que guardam isto tudo para eles estão bem (apesar da úlcera gástrica que ganham), mas os que depois vão comentar as cenas no Facebook... Pá, deixem-se disso.

Também há os que depois deixam de gostar de futebol. Mas eu gosto é de ténis. Caraças, Roland Garros nunca mais começa! Ou então só de futebol português: E o Leicester hã? 'Bora emigrar? Isto está feito é para o Real também!

A minha opinião é que pronto, foi bom enquanto durou, mas hoje acabou, tudo passou.. Para o ano há mais. E o europeu? Quando é que começa?
 
Nicas

sexta-feira, maio 13, 2016

O turno da noite

ou

'Bo tem mel!'


A faculdade fica mesmo pegadinha ao Monsanto. Isto significa que fica mesmo ao lado o recinto da SAL. Eu disse que tinha convidado a malta para ir, mas julgo que não vamos acabar por ir, porque o cartaz não está do nosso agrado (na queima de Coimbra, o cartaz não interessa muito... Sem ser o Quim Barreiros), e verdade seja dita, já não temos idade para a SAL. Aparentemente, segundo elas já só começamos a ter idade para ir a Sunsets nos terraços de hotéis da baixa de Lisboa (mas eu recuso-me a limitar a minha vida dessa maneira).

A minha faculdade tem um dormitório com muitos quartos, mas para fazer render o peixe, colocaram uma série de camas só num quarto, e independentemente do ano em que estejamos, e em que clínica estamos, acabamos todos a dormir no mesmo quarto. É o país que temos.

Depois de fazer a ronda da meia-noite, eu e uma miúda do 3º ano fomos descansar, para acordar novamente às 3h30 da manhã e fazer a segunda ronda. Entretanto, depois um momentâneo instante de acalmia no recinto, começa a chegar aos dormitórios: ... Bo tem mel!! Era o C4 Pedro a bombar, a multidão a delirar, e eu a amaldiçoar a minha sorte, desejando que o kizomba nunca tivesse sido inventado. No ano passado, a seguir à bênção das fitas, fomos vê-lo só pela graça (não é cem por cento verdade, porque era o Nelson Freitas, e algumas de nós gostam mesmo... O Bo tem mel, e eu não julgo ninguém).

Por volta das 2h50, chega malta da clínica de pequenos, um casal, a sussurrar:
- Anda para aqui... - diz ele.
- Não! - diz ela muito rápido.
- Vá lá!
- A sério? - penso eu.
- Não!
- Que filme...
- Eu não te faço mal...
- Não sei... - depois começaram a sussurrar coisas que já não dava para perceber, mas a fazer barulho à mesma.
- Pchiu! Então? - sussurro eu, alto. 

Eram 3h30, e saí com a miúda do 3ºano para fazer a ronda, sem acender a luz, claro. Separámos-nos, e eu cheguei primeiro ao quarto. Quando ela chegou começou a falar mesmo alto, e eu não disse nada, super envergonhada, até que ela diz: 'Ah! Está cá gente? Não ouvi ninguém a entrar à pouco...'; e eu penso: A sério? Conseguiste dormir? Odeio-te.

Tento adormecer... 'Groagrrrrr!! Groagrrrr!! Groagrrr!!'; 'Quem está a ressonar?!'

Eram 6 da manhã, e que nem um zombie, levantei-me. O casal levantou-se ao mesmo tempo. Entretanto, mais 2 pessoas já tinham entrado, dormido, e saído. E eu não tinha propriamente pregado olho. Então reconheci o casal. Era uma miúda e um miúdo do 4ºano, que sempre que os via achava-os adoráveis, porque pareciam mesmo um casal de tios do campo em miniatura. Assim descrito não soa muito bem, mas garanto que são amorosos. 'Bom dia!', baixinho. Fui ver se os cavalos estavam bem, e meti-me no carro. Tentei não atropelar os bêbados da SAL no caminho. Ainda me lembro de estar ali como eles, sair já de manhã do recinto com as minhas amigas, e procurar o autocarro para casa. Fui para casa.

Nicas

quinta-feira, maio 12, 2016

Maquilhagem

ou

'Ela é linda sem make-up', não...

Voltando atrás à maldição de minha tia: Quem vai à festa, 3 dias não presta; hoje decidi fazer uma coisa que nunca faço (só quando falta base), e comprei maquilhagem. Eu não uso maquilhagem propriamente, só uso conseiller para esconder as olheiras e os poros dilatados do nariz. Um amigo meu de Barcelona uma vez disse-me que eu não precisava de maquilhagem! Acontece que este meu amigo fiz um filme pornográfico em Barcelona. Sim, não me enganei. (É uma história gira para outra altura...) Mas não sei que valor eu hei-de dar à opinião. Mesmo assim...

Então foi a uma loja daquelas só de maquilhagem. Já tinha sido enganada lá uma vez, quando me venderam uma base escura (escura!), e depois não me a queriam trocar... Tive de verificar que a senhora não era mesma, e lá fui eu apertadinha de dinheiro comprar qualquer coisa.

Confesso que gostava de me saber maquilhar. Vi um vídeo da Kendall Jenner a fazerem-lhe smoky eyes, e pensei, bolas, gostava de saber fazer isto. Todas as 20-e-qualquer-coisa se sabem maquilhar (e tirar boas fotos) menos eu. Eu tenho de pedir! Sempre que faço sozinha, ou faço muito levezinho, ou se me entusiasmo, os olhos ficam uma coisa que parece o cruzamento de um panda com uma preguiça.

Existe um problema: as senhoras nestas lojas são umas chatas! Sem ofensa, é o trabalho delas, mas vá... São cá umas chatas! Então surgiu-me logo uma moça muito prestável, que deve ter snifado logo a minha azelhice, maquilhada como se a seguir fosse só trocar de roupa e ir para o Urban Beach, e perguntou: 'Já conhece os nossos produtos?', 'Sim já cá estive um dia para comprar uma máscara para os olhos... Acho que esta, ah não, já cá não está...'. 

Podia ser mentira, eu acho que ela pensou logo que eu estava a despachá-la, mas não. Vejam lá que a outra senhora era tão persistente, que me convenceu (a mim!) que compro esta coisas 1 vez a cada 2 anos, a fazer um cartão da loja e tudo. Sou tão fresquinha nisto, que na feira da ladra se calhar conseguiam vender-me uma camisa por 50€ em vez de 5€.

Resultado, saí de lá sem nada do que fui buscar (não que soubesse o que ia buscar, mas gastei dinheiro que não queria gastar). Tive tanta vergonha, que quando cheguei a casa pôs aquilo tudo na bolsa e nem olhei. Mas claro que depois da minha corridinha diária, tive de ir experimentar tudo, e como o raio do eyeliner é à prova de água, agora vou para a faculdade fazer o turno da noite com os olhos de quem andou a curtir a noite passada toda no Place ou na SAL, e dormiu maquilhada e tudo. Acho que prefiro parecer que faço parte do cast do Walking Dead, e pronto.

Nicas

A minha mãe e o Facebook

Nem dá para ter ideia do quanto eu sofri para que a minha mãe não fizesse Facebook. Fartei-me de lhe dizer que aquilo não prestava, não tinha jeito nenhum, que era só para malta nova partilhar porcaria, e que eu só usava aquilo para falar de trabalhos de grupo com colegas, e ler notícias.

Mas num dia fatídico, aconteceu... O belo do convite de amizade. Como não tenho nada no Facebook que me envergonhe particularmente, aceitei. Ela não me chateia muito, é um facto.

No outro dia li no 'Por falar noutra coisa' um texto, em que ele descrevia diferentes tipo de mãe. Ora a minha...

Como se não bastasse o controlo, sabemos que ela vai fazer várias destas coisas e que nós sempre que as vimos vamos considerar bloqueá-la:

  • Partilhar citações em português do brasil ao género «Super-mãe é aquela que sai vestindo capa e tem por baixo um avental sujo de goiaba.»
  • Partilhar textos do Pedro Chagas Freitas com emojis daqueles cãezinhos que choram;
  • Vai comentar posts teus a dizer que és muito lindo. Sempre em maiúsculas que é para ser mesmo verdade e sentido.
No outro dia escreveu: 'Ho isso é que era cervisso'. Enfim, mas se a faz feliz, quem sou eu...

Nicas

quarta-feira, maio 11, 2016


Desentendimentos

Continuando no tema da queima de Coimbra (porque foi o acontecimento mais 'emocionante' da minha vida neste momento), queria falar de dramas entre pessoas. Ao fim de 2 anos e passar a queima com as mesmas pessoas, percebi que mesmo entre amigos, a malta tinha sempre dramas.

Os dramas entre pessoas para mim não fazem grande sentido. É óbvio que não gostamos de toda a gente. É muito difícil lidar com temperamentos incompatíveis com os nossos, mas na minha prespectiva, é sempre mais fácil arranjar um equilíbrio educado de convívio com as pessoas, do que simplesmente não gostar delas e já está. Mesmo partindo do princípio que não temos que lidar com elas todos os dias.

Não estou a dizer que se deva ser falso. Nada disso... Eu sei que nem toda a gente gosta de mim, por exemplo. Ou simplesmente não se identificam comigo. Eu sei, eu sinto isso, e aceito, por que verdade seja dita, a não ser as pessoas de quem gostamos, não nos faz falta que toda a gente goste de nós. Só nos faz falta que nos tratem com respeito. Para ter o respeito das outras pessoas, só precisamos de respeitá-las, mesmo que não gostemos delas, aceitando as diferenças, e dando espaços para que as pessoas possam ser aquilo que são. Com isto quero dizer, que não precisamos de desejar mal ou olhar com desprezo para ninguém. Simplesmente, deixamo-las estar.

Às vezes, uma boa conversa resolve muita coisa.

Mas é por isto que eu tenho ansiedade social por vezes. Muitas pessoas são más umas para as outras todos os dias. Gostam de intriga e conflito...

Nicas

O ditado cumpre-se

Ou 

'Quem vai à festa, 3 dias não presta'


Eu tenho uma tia que dizia isto sempre a seguir a todas as festas a que íamos com ela. A ideia era que durante os 3 dias seguintes, nenhum de nós ia andar em condições. A mim sempre me soou a mau presságio de tia de Estoril que prometia olheiras, má pele, arrependimentos, e vergonha alheia. Não podia estar mais certa.

Não tenho uma única boa foto dos dias da queima. Nem uma. Em todas elas pareço uma personagem de um filme do Tim Burton. Agora imaginem fazer turno de noite durante um desses fatídicos dias. Simplesmente não combina. Eu pensava que não havia mais por onde piorar.

Ups. Acabei de convidar a malta para ir Semana Académica de Lisboa.

Nicas

terça-feira, maio 10, 2016


Histórias da queima de Coimbra para quem estuda em Lisboa

Ou

Dos co-criadores de: O tipo que matou um pónei com lidocaína


No dia do cortejo, por volta das 4 da tarde, no topo escadas monumentais da Universidade de Coimbra, eu estava com um moço amigo de uma amiga minha, que bêbado se lembrou de me levantar ao colo e beijar-me. Não, não era para ser romântico, talvez o tivesse sido, na minha cabeça durante uns minutos (ainda estive ali no colo dele muito tempo), porque gostava mesmo que tivesse sido dado o meu historial, e por ele ser mesmo (mesmo) muito jeitoso.

Eu acho que toda a gente tem histórias da queima, principalmente as pessoas que estudam lá. Mas para quem não estuda lá, o que acontece pode levar um toque de surreal e de esquisito. É como a Animalada na UAB... Surreal e esquisito para quem é de fora, e o evento mais aguardado do ano para quem lá estuda.

Tinha conhecido o moço na noite anterior num jantar, e não se pode dizer que tenha acontecido nada de especial connosco. Contudo, a verdade é que ele era tão giro, que eu tinha passado a noite toda a pensar nele. O raio do karma andou a brincar comigo. Tantas vezes a rejeitar pessoas bastante aceitáveis da minha vida, que agora interesso-me por uma pessoa que seguramente nunca me vai achar graça nenhuma. Agora pode pensar-se 'mas afinal acha', citando o início do texto, mas não... Recapitulemos:

Este moço ainda na noite anterior à do jantar, me tinha cumprimentado no recinto, por estar com a minha amiga, como se já nos tivessemos conhecido antes. Estavamos ambos, completamente bêbados (sendo que ele estava bastante mais), abraçou-me e disse qualquer coisa parecida como: 'Então, tudo bem?' Ao que respondi embaraçosamente: 'Sim, obrigado'... Eu sei, péssimo. Na noite em que nos conhecemos mesmo, a primeira coisa que me disse foi: 'Desculpa, eu sei que nos conhecemos ontem, mas não me lembro bem de ti', ao que eu respondi: 'Deixa lá,  não tem mal', e a minha amiga disse por cima: 'Ela estava toda bêbada!'.

Algum tempo depois de estarmos no restaurante, e minha amiga estava numa conversa com ele, e com outro moço impecável. Ele estava a contar que na noite anterior tinha estado tão mal depois de estar na recinto, que sentiu que tinha de ir para Hospital. Ele nem foi a andar para lá, nem chamou uma ambulância. Encontrou um carro do INEM estacionado à porta de um bar onde o paramédico estava a empinar shots. Sim, não me enganei. A fotografia final era ele deitado no banco de trás do carro, com o amigo dele sentado no banco de pendura com um copo de gin, e o paramédico a conduzir já tocadinho, vá. Mas a história continua, e não quero contar muito, porque a história não é minha, mas long story short: depois de ter estado a soro, saiu do hospital sem dizer nada a ninguém, e foi para discoteca.

É de pensar: Minha! Tu tens problemas! Tenho, muitos... dá para perceber. Mas ele devia estar um farrapo. Ao que parece a namorada dele tinha acabado com ele há pouco tempo. Eu não tenho grande pena, não estamos a falar de um santo. Mas deve ter sido mau, dado de que entre a noite do jantar e o dia do cortejo, ele não foi casa. De facto, estava a aproveitar a queima para apanhar uma bebedeira monumental, e curtir com miúdas. 

Por isso, sim, o karma lixou-me mesmo. A seguir à cena das escadas, e apesar de ter ficado com o número de telemóvel dele, e ele viver em Lisboa, eu não posso, não posso mesmo, dizer-lhe nada. Está a dar cabo da minha cabeça. 

Só estou a escrever isto aqui porque acho uma infantilidade tão grande, que ninguém com quem eu desabafe quer saber disto, e a comédia da situação fica muito bem aqui para melhorar o bloqueio da escrita que tenho tido.

Não consigo tirar este moço bêbado a cabeça. Malvada vida...

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quarta-feira, maio 04, 2016

Met Gala 2016

Parece um evento em que os criadores pagam às famosas para usarem os vestidos mais feios que já alguma vez criaram. Depois ficam a rir-se à gargalhada em casa, enquanto lêem a malta dizer que estavam lindíssimas.

A Taylor Swift parece um peixe (a malta da Vogue foi mesmo má para ela. Muda essa cor da cabelo Taylor, a sério, era só para fotos, já podes tirar), a Claire Danes um pirilampo, a Beyoncé uma poltrona do século XVIII, a Alicia Vikander uma mala chique da feira de Carcavelos, a Blake Lively parece que vestiu o cortinado a sala da tia, a Zoe Saldana parece um pavão (mas deve ter sido mesmo essa a ideia), e a Katy Perry parece que saiu de um pesadelo qualquer que eu tive em criança.

Enfim, diz que é excêntrico. É o Carnaval fashion. Eu acho que a esmagadora maioria das pessoas não faz ideia do que é a Met Gala (eu ainda não fui ver), mas depois de ver as fotos da malta, percebi que não devia ser nada de mais.



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Game of Explanation

Hoje venho falar de Game of Thrones. Obviamente, como fã de Star Wars, Harry Potter, Senhor dos Aneís, dos livros todos do Dan Brown e toda uma série de coisas nerds, eu vejo Game of Thrones religiosamente. O que vim a notar é que ao fim de 6 temporadas, e dezenas de personagens, até os espectadores habituais estão a precisar de ajuda, porque agora sempre que vou ao YouTube a seguir a ver um episódio, existem uma série de vídeos a explicar tudo a que acabou de acontecer. Talvez porque já não há livro... Existe até uma série agora chamada After the Thrones para explicar cada episódio.

É só impressão minha, ou Game of Thrones está a tornar-se a série mais intrigante e complexa de todos os tempos?

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segunda-feira, maio 02, 2016



Quando 'tá fierce. Tá' Favorável. Tá top!

Nicas

domingo, maio 01, 2016

The Hornets Breed

You helped the hornets build a nest inside your throat. 

The short tempered stings are swelling the chords of your voice.
In the animosity, the hornets breed.
You hold bitterness inside yourself, 

a preference for the bite in your character.
Your breath is shaken by the curdled poison of your spirit. 
The hornets multiply.
End your fondness of the venom —
Knock down the nest that houses wounds.

Let it plunge into the acidity of your stomach.
Watch the insects of resentment rot.
The earth is slowing down for you to catch your breath.
Do not be sullen to its comfort —
The world, 
in its spite, 
will pick up speed
if you refuse your lungs a break.
—  Alessia Di Cesare, In Animosity, The Hornets Breed

Cinzas do Passado

Já alguma vez fizeram algo tão fora de vocês mesmos, que vos marca para sempre? E mesmo depois de tentar corrigir, e de tentar apagar esse erro, a vossa mente vaguei por esse passado, e pelas suas consequências, como se elas fossem marcar-vos para sempre. Deixámos de nos reconhecer a nós próprios por momentos, e não nos conseguimos perdoar...

The biggest thing I’ve learned in the past year is to turn away from anger, jealousy, resentment and negative emotions or people. Don’t allow yourself to get pulled into petty human behaviors like envy or drama. If it isn’t helping you become a better person for you and the people you love.. Leave it. Life is so short and we all waste so much of our time on truly unworthy things. Cherish the moments you have, the people you love and do good whenever possible. Negativity festers from the inside out and I’d personally rather not let it eat me alive.

Nicas
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