segunda-feira, fevereiro 15, 2016

Dias que aleijam Part. II

Ontem foi então o 'pior dia do ano'. Não foi assim tão mau. Uma coisa interessante (e assustadora) acerca do Facebook, é que ele sabe tudo. A maior parte dos artigos e das publicações que surgem seguem um padrão. Por isso, coincidência ou não, não me apareceram coisas muito lamechas no News Feed. A verdade é que naquela altura em particular, eu nem sequer estava muito preocupada, ou sequer ressabiada como estava no dia em que escrevi o outro post. O Sporting tinha passado para o 1º lugar do campeonato, e aquele rasgo de alegria abriu-me o espiríto. Chamemos-lhes prioridades.

A minha veia curiosa já me fez por várias vezes ir à procura de estudos e explicações para o Amor romântico. O que é isso? Porque (me) nos afeta tanto? Nos traz tanta alegria, mas tanta tristeza? O TED é um excelente 'sítio' para procurar formas inspiradoras de olhar para os assuntos. Informação é poder, e é a melhor ferramenta para entendermos as questões e sabermos pensar sobre elas.

Não existe qualquer tipo de consenso científico em relação ao amor, e o porquê de o sentirmos. Os mecanismos fisiológicos estão mais ou menos bem conhecidos, e até existem alguns estudos que explicam porque é que algumas pessoas demoram mais tempo do que outras a ultrapassar alguns desgostos amorosos. Esta última é bastante interessante, e está relacionada com a forma como a pessoa se vê a si própria, ou seja, pessoas que acreditam numa visão não estática e dinâmica da sua própria personalidade, são capazes de ultrapassar desgosto mais facilmente. Mas de resto, há pouca coisa, e são muito vagas. Testes com ressonância magnética...

Quando não há consenso científico objectivo sobre as coisas, nas mãos de quem é que ficam os assuntos? Dos filósofos... E eu não sei falar de Filosofia. Contudo desde Platão: 'Love makes us whole, again', (faz lembrar aquela música: 'Love, love will tears us apart, again' dos Joy Division, se calhar foi daí) passando por Buddah: 'Love is a misleading affliction', (um impedimento de atingir o Nirvana) até chegar a Beauvoir (grande senhora): 'Love let us reach beyond ourselves', muitas são as teorias sobre o que é, e para eu serve o Amor romântico.

Gostei muito da Simone de Beauvoir porque dizia: 'The problem with tradicional love is that it can be so captivating, that we are tempted to make it our only reason for being. Yet dependence on another to justify our existence easily leads to boredom and power games.', então dizia que vez disto: 'Lovers should support each other into discovering themselves, reaching beyond themselves, and enriching their lives and the world together.'

Afinal de contas, e segundo Brigid Delaney, podem haver muitas razões para se estar sozinho. Não significa que se seja um falhado. Pode simplesmente ainda 'não ter acontecido'.
Eu gosto de pensar que me encaixo em:
'Or you are single because love hurts too much and you are walking around pained by wounds that nobody can see – and that’s OK as well. Be single for a while, my friend, or maybe forever.' 

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