terça-feira, agosto 30, 2016

Raízes


Este fim de semana foi a festa do Lugar da Estrada. O Lugar da Estrada é mesmo a minha santa terrinha. É um lugar pequeno que tem a suas características e a sua rusticidade.

Ao longo dos anos, fui-me afastando das pessoas, porque os meus amigos deixaram de ser de cá. Depois fui para Lisboa... e para Barcelona... Gent... Lund. Quando me convidaram para fazer parte da Jovem Comissão eu pensei que era uma excelente ideia. Mas eu estava na Bélgica. Não dava.

Mas agora enquanto aqui estou a contemplar a vida, antes do início de uma fase tão incerta, não podia deixar de me enraizar novamente, e buscar aquelas velhas amizades do Parece que foi ontem. Acho que já há bastante tempo que não me sentia tão bem comigo própria, a ser útil para tanta gente, e a fazer parte de um sucesso como aquele. Aquilo que a malta jovem conseguiu fazer em tão pouco tempo, e pela primeira vez, foi fantástico. Foi brutal!

Andei tanto tempo da minha vida a fugir de mim própria, daquilo que sou, deste sítio de onde vim, e estas pessoas, que me esqueci é exactamente isso que nos torna especiais e únicos.

Por mais sítios novos, e mais experiências que viva, esta há de ser sempre a minha casa, o meu lugar - o Lugar da Estrada.

Nicas

sexta-feira, agosto 19, 2016

Aquela malta das seitas

Existe por estas bandas uma daquelas igrejas, mais do género de seita, para onde as pessoas descontam uma parte dos ordenados delas, e acham que se vão salvar assim do Apocalipse. Uma tia minha tem uma amiga brasileira que faz parte, e na sua simplicidade e falta de coisas que lhe ocupassem melhor o tempo, decidiu ir lá ver como era aquilo, e levou os meus primos com ela.

Ela contei que aquilo não lhe pareceu mau a princípio. Eles tinham lá aquelas rezas e aquelas coisa lá deles. Mas chegou uma parte em que eles se ajoelharam, e começaram a rezar à muçulmano com os traseiros espetados para cima. O meu primo de 19 anos impressionou-se com aquilo, e ficou todo atrapalhado a querer sair. A minha tia descreveu os modos dele a rir-se à gargalhada: Era ele a desviar-se aos pulos dos rabos pessoas a dizer f#%&" c$%#"! Ai! Que belas figuras. Ela também saiu e ficou à espera lá fora porque aquilo não era para ela.

Só que ficou com pena de ter saído tão cedo. Aparentemente, mais para o fim, eles tinha de comer um quarto de vianinha e um cálice de vinho de porto que, disse ela, era muito bem servido. Que desperdício.

Nicas

domingo, agosto 14, 2016

Ferrel

Ferrel está a crescer. A festa está a crescer. Agora já temos Quim Barreiros, Amor Electro etc... Qual queima universitária, só que não. Para mim a festa de Ferrel é sempre um pouco agridoce, e toda a gente parece que se diverte muito mais do que eu.
Eu gosto de estar sozinha. Gosto da liberdade, e de não ter de me preocupar com mais ninguém. Gosto mesmo! Mas é triste quando a malta está noutra. Deixa de se divertir da mesma forma porque está ocupada a estar presa ao telemóvel, e a dar atenção a outra pessoa. E no meio daquela multidão toda, dou por mim a sentir-me incompleta, e querer que alguém daquela multidão apareça para me salvar da minha miséria. Que não é miséria nenhuma, mas enfim...
Outro problema é que se vê muita gente conhecida. Demasiada gente. E falasse muito de pessoas em comum que se conhecem, e de quem não se fez grande questão de saber se ainda estão vivas. E tantas coisas que se descobrem. Dou por mim a olhar em redor a ver se alguém indesejado anda por perto, e começo a antecipar manobras de fuga.
No fim, no meio de tanto drama, insegurança, e expectativas fracassas, não me divirto nada, e vou para casa a sentir-me mal por ter gasto o dinheiro sem ter aproveitado grande coisa.

Nicas
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