terça-feira, março 29, 2016

"I'm in need of the answer, in search of the question, in love with being broken-hearted. Days race by faster, it's a made-up lesson, and I'm lost before I started. A little white lie, a big black sky, an emptiness open on the dashboard. I feel a lack of self, and it's someone else, telling you to try where you failed before"
Caught a Ghost - Time Go

Nicas

Uma questão de sensibilidade

Eu - (A escrever a tese)
Mãe - Vê lá se despachas isso, para ires ganhar umas tardes a trabalho no campo.

Nicas

Eu a concordar com o Costa

António Costa declarou, passo a citar: 
“Há princípios, valores e acontecimentos fundamentais cuja memória e celebração não podem estar à mercê de cálculos ocasionais, de impulsos ideológicos e de fins propagandísticos, mesmo quando se apresentam sob argumentos que os dissimulam ou disfarçam”, afirmou hoje António Costa na cerimónia da referenda da lei que repõe quatro feriados - Corpo de Deus, 5 de Outubro, 1 de Novembro e 1 de Dezembro.
Económico
É muito raro, mas hoje concordei com o Costa. Algo que ele disse também, foi que em tempos de dificuldade, recordar e festejar os feitos dos nossos antepassados, que passaram tempos e dificuldades maiores do que as nossas, nos ajudam a acreditar que é possível ultrapassar as contrariedades do Presente.  O impacto da retirada dos feriados não foi assim tão significativo, que justifique que continuemos sem eles.
Pão por Deus! Uh Uh!
Nicas

segunda-feira, março 28, 2016

Kryptonite II

ou

Melhor que o ficheiro da cloud com palavras que, de qualquer forma, nunca vais ler


Olá!

Já passaram três meses e uns dias desde que voltei da Bélgica. Ainda tenho momentos baixos, mas estão a diminuir com o tempo. Já só penso em ti 1 ou 2 vezes por dia, o resto são saudades de alguém que não existe. Sabes? Como na música da Ana Moura: Ai que saudade que eu tenho de ter saudade, saudade de ter alguém que aqui está e não existe. Não se vai estando mal... Já se esteve pior. 

Não me sinto mal por te removido do Facebook. Remover é melhor do que bloquear, porque bloquear é amuar, e eu não nunca estive a amuar. Também não me sinto mal porque ter não ter olhado para ti quando estivemos naquele sítio ao mesmo tempo, e tu me viste. Eu tinha-te visto primeiro, e entrei em pânico. Pensei logo tenho de sair daqui... E fui embora. Não é nada meu fazer estas coisas, mas já pesquisei, e diz que é normal. 

No outro dia, estive à procura de um ficheiro na cloud, e encontrei um ficheiro com um texto gigante que era suposto ter sido para ti. Era a maior parvoíce da história de todo o sempre... O que acabei mesmo por dizer foi mais do que suficiente: 'Acho que não devíamos falar'. O Acho era só para enganar...

Durante muito tempo, perguntei-me porque é que não tinha chorado mais, e porque é que não andei mais triste. Eu andei triste na Bélgica, mas foi com o trabalho, não foi com isto... Mas depois percebi. Não foi porque o moço que matou um pónei com lidocaína, que esteve comigo no turno da noite, até era bem jeitoso. Esta história já durava desde de 2011, par'aí... Foram muitos anos a penar! 

Os anos podem ser revistos em músicas. Muitas vezes se ouvirmos músicas, vá, de 2012, conseguimos lembrar-nos de sítios e situações. Tens noção que há músicas que eu não ouvia?  

Eu contei-te que um dos motivos que me fez ir para Barcelona, foi porque estava mesmo muito triste com a minha vida, e tu fazias parte dessa tristeza. Uma música que eu deixei de ouvir foi a Atlas dos Coldplay, porque tinha acabado de sair poucos dias depois de ter chegado a Barcelona. Eu nessa altura sentia-me mais sozinha do que o que já alguma vez me senti na vida. Toda a gente se sente assim nos primeiros dias de Erasmus, esquecemos-nos porque é que quisemos partir.

Poucos dias antes, tinhas mandando uma mensagem a perguntar se me tinha corrido bem a viagem, e que gostavas de ter despedido de mim. Sempre tiveste um dote para dar sinal de vida na pior altura, e para desapareceres na pior altura também. Tanto que depois não me deste os 'parabéns' quando fiz anos. Foi a primeira vez que passei o aniversário tão longe de casa sem a família e os amigos, poucos dias depois de chegar a Barcelona ainda as aulas nem tinham começado. É que nem lá no Facebook, onde toda a gente parabeniza toda a gente.  Não foi nada de imperdoável. Mas mesmo assim, chorei tanto a ouvir: 

Carry your world, I'll carry you world! 
Carry your world, and all your hurt!

Eu lembro-me destas coisas... Depois também não ouvia Ben Harper, porque durante um Verão inteiro, não me disseste uma única palavra. Naquele ano (2011) ele tinha lançado um álbum mesmo giro, então foi outra choradeira com:

I've tried to be myself, But I forget how...
Pray that our love sees the dawn
Pray that our love sees the dawn

Agora já as consigo ouvir todas, e já nenhuma me faz triste. No entanto, foram tantas situações, tanta tristeza, tanta falta de confiança, de carinho... Não havia por onde sofrer mais.

Nem o Goodbye my lover do James Blunt me faz lembrar de ti. Podia fazer. Mas seria estúpido. Nenhuma destas música tem nada a ver connosco. Podem ter a ver sim com pessoas com histórias como deve ser. Mas se não fosse por ter vivido tanta coisa, tão diluída no tempo e tão concentrada e intensa no fim, a história não tinha sido história... Não tinha sido nada, e não tem de todo nem bocadinho da importância que lhe dei.

Mas porra, eu gostava mesmo de ti. Nunca tinha gostado tanto de ninguém, nem de longe durante tanto tempo. Arrependo-me só por ter dado tanto no fim, para receber tão pouco. Por ter acreditado em ti quando disseste que íamos ficar juntos... O resto é a vida... Todos temos fantasmas... E todos somos muitos estúpidos.
Não quero saber nada de ti, mas...
Felicidades

Nicas

quarta-feira, março 16, 2016

Tidal

Para quem ainda não percebeu, existe uma espécie de guerra oculta no mundo da música. Esta guerra fria começou quando se começou a usar a música não como forma de passar mensagem, mas sim para gerar activismo. O activismo é bom: Silence is a luxury of Privilege. Acho muito importante movimentos como o #BackLivesMatter, #AllLivesMatter

O Feminismo também. É necessário dar à mulher poder sobre o seu corpo, a sua sexualidade, a sua educação etc... Como nos podemos considerar uma civilização 'avançada', quando ainda temos dentro de nós barreiras, que tornam as nossas vidas e das outras pessoas mais difícil? Que Mundo fantástico seria o nosso, se deixássemos de nos preocupar tanto com a vida dos outros, e nos preocupássemos mais com a nossa. E melhor ainda, se preocupássemos sim com os outros, mas apenas para os ajudar.

Eu sempre gostei muito da Beyoncé, mas gosto muito menos hoje em dia. As músicas dela deixam-me desconfortável, como se não tivessem sido feitas para mim. Ou para pessoas como eu... Mas não há nada de mal em contar o passado comum das pessoas da comunidade dela. Acho necessário! E ela tem o direito de o fazer como ela bem entende. Se for chocar que seja! Andou-se muito tempo a lutar contra a censura para alguma coisa.

No entanto, é preciso ter em conta que para atingirmos (a utopia da) igualdade, temos de começar a perdoar, aceitar as diferenças, e deixar que elas deixem de fazer sentido. O racismo vai continuar a existir sempre que existirem complexos de superioridade, mas também de inferioridade. Só vai deixar de existir racismo, quando deixar de fazer sentido distinguir as pessoas pela cor de pele. Infelizmente, acho que vai ser uma luta de muitas gerações. Mas que seja uma luta, uma guerra até, e que se ganhe.

Não ajuda o Jay Z (com esta polémica toda) ter tirado os álbuns do Spotify e do iTunes para deixar só no Tidal. Esta parte sim irrita-me. Mas neste sentido também me chateia a Taylor Swift (a Beyoncé todavia, ainda tem a discografia no Spotify). Eu sei que não vou subscrever o Tidal (e não vou comprar o teu álbum de propósito Taylor, só para matar de vez em quando o guilty pleasure, podes tirar o cavalinho da chuva). Já tenho Spotify Premium. Não é que o Jay Z me faça falta. porque não faz. O Kanye West que estava segundo se diz, super endividado, também só publicou o álbum novo no Tidal. 

Hala Download Ilegal! Uh Uh! 

Isto tudo para dizer, que criar uma plataforma exclusiva é uma parvoíce. E o HipHop não é o único estilo de música produzido por pessoas de raça negra. Mais! Há muita gente de raça negra a produzir música bastante melhor. E não estou a falar só de Jazz, ou do Sam Cooke, estou a falar dos TV On The Radio, por exemplo. A esses eu pagava o álbum, o concerto, uma t-shirt e a caneca, só pela Wolf Like Me. Os TV On The Radio são uma banda de Rock Alternativo ou Indie Rock, e segundo a Wikipédia, o Rock Alternativo...
Consiste de vários subgêneros oriundos da cena musical independente como grunge e britpop, que estão relacionados por sua influência em diversas escalas com o punk rock (...)
Vamos acusá-lo que de apropriação cultural? Deixem de ser ridículos. Deixem o Macklemore e o Ryan Lewis produzirem Hip Hop, deixem lá o Ben Haggarty 'repar' à vontade. Deixem o Deadpool ter uma música que seja de Rap, e o Beyoncé vestir-se de Aishwarya Rai para o videoclip dos Coldplay.  Eu deixo a Jennifer Hudson cantar fado se quiser, porque era capaz de ficar mesmo muito bom!

Deixem a música ser música. Deixem-na fluir, passar a mensagem, e ser vivida por toda a gente. Deixem-na estar disponível para todos, e apreciada por quem quiser. 

Nicas

terça-feira, março 15, 2016

Odeio Football

Depois de estar desde as 19h45 a ver o Atlético de Madrid vs PSV Eindhoven até agora, decidi deixar as apostas desportivas. Neste momento, odeio Football, e odeio os palermas dos benfiquistas do chat, que decidiram começar a falar português e mal do Sporting. Para mim, acabou...

Nicas

'Wild'


Este sim vale a pena. Esqueçam lá a Taylor Swift, a Reese Winterspoon é que sabe o que é be out of the woods.

Nicas

sábado, março 12, 2016

A senhora doida

Hoje uma senhora começou a contar uma história da sua vida. Começou com o lendário Ai tu nem sabes o que me aconteceu ontem...! e continuou com o ainda mais mítico Vê lá tu que...! Ora bem, contou que tinha encontrado uma carteira na rua, e quando a abriu Jesus Senhor! estava cheia de notas de 20€, mas que não ficassem as pessoas já Todas histéricas! que ela não tinha fica com nada, nadinha! Entretanto, estava lá o cartão de cidadão, e ela já sabia de quem era. Entrou no café, e encontrou a indivíduo a jogar às cartas. Aquilo cheio de homens! Jesus, tantos homens! Mas ela não faz mai'nada, chega ao pé do senhor, e diz: Ainda bem que te encontro, que estava mesmo a ver se me pagavas um café! e ele olhou para ela, e pareceu mesmo que pensava que a mulher estava mas era doida. No entanto diz Vai lá pedir que eu depois pago então... Mas ela disse Ai não! Dá-me antes 1€! Ela queria que ele sacasse da carteira. A que ele não tinha. Para dar início, à manobra dramática. Mas ele insistia que não lhe dava Euro nenhum! Vai lá pedir que depois pago! Como viu que não levava nada dali... Disse Ai olha, toma lá... E ele abriu os olhos muito abertos, muito abertos! E claro, Ah pronto, muito obrigado...

Nicas

sexta-feira, março 11, 2016

Desporto na Desportiva

Como já disse, tenho feito apostas desportivas. 

Boas notícias: Recuperei o investimento total, e já tenho uma espécie de fundo de maneio.

Más notícias: Não dá dinheiro para mandar cantar um cego, e dá-me cabo do coração.

As minhas duas ferramentas são, obviamente, a aplicação do Placard no telémovel e a da Eurosport (os jornalistas escrevem bem, sem serem chatos, e os scores estão bem atualizados). No entanto, eu não presto nada para estas coisas. Os meus instintos não são maus, mas são mal focados. Se faço apostas com odds baixas, fico com medo de 'surpresas', e se faço apostas com odds altas, fico com medo de estar a ser estúpida. Claro que toda a gente se deve sentir um pouco assim, mas eu tenho tão pouco dinheiro, que deixo de conseguir ver o desporto na desportiva. No outro dia, até o Fenerbahçe ganhar ao Sp Braga, estava com um mau humor do pior, e só consegui ficar contente mesmo com o Liverpool. Isto não é maneira de viver.

Por outro lado, estou contente por ter começado a fazê-lo, é um passatempo e como já disse, não estou a ter prejuízo e já tenho fundo de maneio. Há bastante tempo não tinha nada que desse adrenalina, a minha vida tem sido um aborrecimento... uma espera. É um sentimento que ninguém entende. Mas nem por isso é fácil de entender. Por vezes, até me sinto mal comigo própria. Tenho tantos motivos para estar contente. Tenho tudo despachado, e certinho... Quer dizer, nem tudo, mas o que depende de mim sim, e agora devia estar a usufruir de umas férias...

No entanto, estou a sentir-me perdida e sem próposito. Estou a colocar demasiada pressão em mim própria, e a levar as coisas demasiado a sério. Estou com medo do que os meus pais pensam de mim, quando no fundo eles nem devem estar muito preocupados... Porque não há nada com que me preocupar. 

Conclusão: Snap out of it!

Nicas

quinta-feira, março 10, 2016

Placard

Comecei a fazer apostas desportivas, mas aposto muito pouco, aposto 1€, e faço combinações. No fim, se tiver muita sorte, consigo recuperar a aposta, e fazer uns trocos para apostar outra vez. Já me mentalizei que nunca vou apostar no Sporting. Juntar o coração ao jogo é muito mal pensado...

Ontem decidi apostar no Benfica a ganhar ao Zenit. Mas não queria pôr a ganhar o jogo todo. Sabia que era mais provável estar a ganhar na primeira parte, com o Mitrocoiso a marcar um golo ali no início. Resultado, só marcaram na segunda parte. Depois não querem que eu não simpatize com eles. Uma pessoa deposita-lhes confiança, e é assim que agradecem! Claro que melhor teria sido se eu os tivesse posto a ganhar no Tempo Regulamentar... Mas aí, olhem não queriam eles mais nada já agora! 

Mas pronto, muitos parabéns para eles, conseguiram pôr 3 equipas portuguesas na Champions. Pode ser que para o ano, o Jorge Jesus deixe de investir só no Campeonato, para depois acabar em 2º, e não ganhar mais nada. É que nem a Taça de Portugal... Os sportinguistas gostam tanto da Taça...

Nicas

domingo, março 06, 2016


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