sexta-feira, janeiro 28, 2011

O Preço Certo

O meu pai adora ver O Preço Certo. A minha mãe está sempre a ameaçar que o vai inscrever, mas ele diz: "Inscreve, eu não vou…”. As pessoas vão para lá em grupos, por isso, nem dava.

A montra final é o parte mais gira. Com as senhoras cinquentonas aos gritos. É um belo cenário triste, mas familiar, e até divertido, dependendo da disposição com que se está a ver.

A minha mãe diz que as pessoas que gritam da bancada são pagas para fazer aquilo. Ou seja, profissionais na arte de desestabilizar. Ora imaginemos um cenário meramente hipotético, de um casting para desestabilizadores:

“Senhor da Redacção – Ora bom dia. Então a senhora diz que as suas amigas dizem que as pessoas dizem que você é, simplifiquemos, uma chata…

Clotilde – Sim. Sabe, eu dou gargalhadas estridente na missa quando padre diz: “Oremos”. Soa: “Orémos”. Eu riu-me com tudo, sabe…

Senhor da Redacção – O senhor diz aqui que consegue ser bastante inconveniente?…

Jerónimo – Em minha defesa, eu não sei o que isso quer dizer. Foi o meu filho que escreveu. Ele gosta de falar com palavras caras. Anda em Direito, eles lá falam assim, esquisito. Ele põe-se lá a falar, e eu só digo. “’Tá bem, ‘tá bem.”. Ele achou que eu dava bem para o trabalho, porque quando está toda a gente calada num ajuntamento de gente, eu costumo gritar lá do fundo: “Vigaristaaaa…”, para o presidente da junta. Pronto, é isso… Fico com o trabalho?

Senhor da Redacção – Bom dia… Então o senhor é um estorvo?

Guilhermino – Sou sim senhor, vou sempre ver o jogos de football para sítio onde estão a torcer pela equipa adversária, e faço sempre um estardalhaço quando a minha equipa marca. Não tenho respeito nenhum, sou uma vergonha. Mas imagina o quão difícil está a ser encontrar um sítio onde torçam pela Naval 1º Maio em Faro?”

Nicas (O meu grito pessoal: “Soy un perdedor. I’m loser baby! So why don’t you kill me?”)

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