Eu estou sempre a pensar em críticas tontas para fazer aos portugueses, e mostrar o quão desgraçada sou por ser portuguesa. Bem, mas eu não sou nenhuma desgraçada, nós até temos muitas coisas boas. Todos nós, se pensarmos um bocadinho, conseguimos encontrar coisas boas em Portugal (agora não me lembro de nada, mas garanto que é possível…).
Acontece que, dentro dessas inúmeras coisas boas, não podemos contar uma: a língua.
Não estou a falar da língua falada, que dessa já falei e está igualmente mal, mas sim da escrita. Eu, pessoalmente, peco pelas duas…
Hoje em Português, ficámos quase metade da aula a discutir sobre qual destas frases estava melhor:
- (…) de as fazer agulhar para uma pista falsa.
- (…) de fazê-las agulhar para uma pista falsa.
- (…) de fazer agulhá-las para uma pista falsa.
Perdoem-me a ignorância, mas isto a mim faz-me lembrar aquela história dos medicamentos genéricos e de marca, é tudo igual. Mas na aula parecia que estávamos a discutir qual era a coca cola melhor, a da Pepsi, a da Coca Cola, ou a do Dia.
“Se quiseres com muito gás, fica melhor a Coca Cola”, “Mas oh stôra! Eu gosto mais com pouco gás…”, “Então se calhar é melhor a do Dia…”, “Mas e a da Pepsi?”. A professora ficou tão confusa, que começou a falar da TLEBS e do acordo ortográfico…
Tivéssemos nós uma gramática decente como a inglesa, e não havia tanta chatice.
Nicas