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-Pusemos as bactérias a trabalhar para nós. Metemos lá o nosso DNA, e agora elas fabricam insulina.
-Então, mas as bactérias não têm pâncreas!
Nicas
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-Pusemos as bactérias a trabalhar para nós. Metemos lá o nosso DNA, e agora elas fabricam insulina.
-Então, mas as bactérias não têm pâncreas!
Nicas
Como toda a gente sabe, o Sócrates inventou uma coisa chamada Novas Oportunidades. Este programa tem várias vertentes. Mas a principal é desvalorizar o 12º ano.
Quando andava no 11º ano dei Eça de Queirós, e fazia fichas de leitura onde apareciam perguntas com os pormenores mais inimagináveis, como por exemplo, saber o nome no gato do Afonso da Maia.
A minha prima anda no 2 CPS, e tem tanto trabalho com os Maias em Português, que desde que lhe emprestei o livro, ela ainda não o tirou da prateleira. Mas o cúmulo nem é isto.
Segundo consta, ela faz exercícios em Português cujo objectivo é tirar duplo significado das frases. Então, ela contou-me como é que um colega dela fazia os exercícios.
Tinham uma frase que era: “O marido da Maria fuma muito.”
Os duplos significados que se podiam tirar da frase eram, obviamente:
- A Maria é casada.
- O homem com quem a Maria é casada fuma.
Segundo o colega dela, os significados que se podiam tirar eram:
- A Maria tem cinzeiros em casa.
- O marido da Maria gasta a maior parte do ordenado em cigarros.
Depois havia uma escolha múltipla que dizia: “O Manuel bebeu leite.”
As escolham eram qualquer coisa como:
- O Manuel bebeu uma bebida fria.
- O Manuel bebeu uma bebida quente.
- O Manuel bebeu uma bebida saudável.
A resposta do colega foi: “O Manuel bebeu uma bebida quente”. Quando confrontado com a escolha, e depois de lhe terem dito que lá porque o Manuel bebeu leite, não se pode tirar a conclusão que o leite estava quente, o rapazinho disse que obviamente era assim, porque o leite frio sabe mal.
Se eu soubesse o que sei hoje, tinha ido para os CPs, porque como diz uma amiga minha, QUALIFICAÇÃO = EMPREGO, é uma piada, que é quase tão boa, como INTELIGÊNCIA = SUCESSO.
Nicas
Rentável, é uma palavra que devia ser eliminada dos dicionários. Todos nós sabemos que enquanto portugueses nada, economicamente falando, rende. É uma coisa de portugueses. Mas hoje, pude comprovar isso na minha vida prática.
Durante as férias do Natal fiz várias coisas inteligentes (nenhuma foi estudar), das quais constam:
- Arrumar o roupeiro
- Ver o DVD da Ovelha Choné
E, a mais relevante para agora:
- Juntar os trocos lá de casa
No final das férias tinha precisamente 25€ que decidi poupar… Não, espera, gastar! Então, lá foi a Vanessa a pensar que depois de gastar ia sobrar. Já foste! Não sobrou nada, e agora que vejo, não comprei nada de útil, a não ser o DVD do Gato Fedorento: Esmiúça os Sufrágios.
25€ que não renderam.
Agora que penso nisso, existem muito poucas coisas que rendem. O tempo, por exemplo, também não rende. Afinal, o que é que rende?
Nicas (Profundamente desiludida devido à efemeridade do dinheiro)